sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Caririaçu



O topônimo Caririaçu vem do Tupi Cariri ou Kiriri( Pacífico, taciturno) e Assú ou Açú ouGuassú(sufixo aumentativo feminino: do tupi wa'su), uma composição que significa Caladão. Sua denominação original era São José. Em agosto de 1876, foi elevado a categoria de vila com o nome "Serra de São Pedro", depois São Pedro do Crato(alusão à cidade mãe),São Pedro do Cariri, e desde 1943, Caririassú e por fim Caririaçu.[6] As terras da serra de São Pedro eram habitadas pelos índios Kariri, Guari,[7][8] antes da chegada das entradas no interior brasileiro durante o século XVII. Os integrantes das entradas, militares e religiosos, mantiveram os primeiros contatos com os nativos, estudaram todas a região dos Cariai, catequizaram os índigenas e os agruparam em aldeiamentos ou missões. Os resultados destes contatos e descobrimentos desencadeiaram notícias que na região tinha ouro em abundância e em seguida desencadeou-se uma verdadeira corrida para os sertões brasileiros, onde famílias oriundas de Portugal, sonhando com as riquezas de terras inexploradas e com a esperança de encontrar o minério, que as levariam a aumentar o seu patrimônio material, além de aumentar o seu prestigio pessoal com a corte portuguesa. A busca do metal precioso, nas ribanceiras do Rio Salgado, trouxe para a região do Sertão do Cariri, a colonização e com consequência a doação de sesmarias, o que permitiu o surgimento de lugarejos e vilas. Ao redor da capelas de: São Francisco, São Pedro e Nossa Senhora do Carmo, criadas a partir do século XIX, surgiu o núcleo urbano que hoje chama-se Caririaçu. O município é dividido em 5(cinco) distritos: Caririaçu (sede), Feitosa (Serrote), Miguel Xavier (Valença), Miragem e Primavera (São Lourenço).[10], [9] Clima Tropical quente entre os meses de setembro a novembro,mas bastante frio nos meses de junho a agosto.Semi-árido com pluviometria média de 1.170,4 mm [11] com chuvas concentradas de janeiro à abril.[12] No entanto, Caririaçu, por ser uma cidade serrana, tem um clima mais frio em relação às outras cidades da Região Metropolitana do Cariri.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caririaçu

Barbalha



Barbalha é um município brasileiro do estado do Ceará. Localiza-se no coração do verde vale. Está encravado junto com as cidades de Crato e Juazeiro do Norte na região do vale doCariri, é ainda a terra natal do padre Monsenhor Murilo, do advogado Hermes Carleial e dos médicos Leão Sampaio e Dr Lírio Callou. O topônimo Barbalha é alusivo ao nome de uma moradora de um sítio da região. Sua denominação original era Freguesia do Santo Antônio de Barbalha e desde 1838, Barbalha[6]. As terras localizadas às margens do Riacho Salamanca, eram habitadas pelos índiosKariri[7], antes da chegada das entradas no interior brasileiro durante o século XVII. Os integrantes das entradas, militares e religiosos, mantiveram os primeiros contatos com os nativos, estudaram todas as regiões dos Cariri, catequizaram os índigenas e os agruparam em aldeamentos ou missões. Os resultados destes contatos e descobrimentos desencadeiaram notícias que na região tinha ouro em abundância e em seguida desencadeou-se uma verdadeira corrida para os sertões brasileiros, onde famílias oriundas de Portugal, sonhando com as riquezas de terras inexploradas e com a esperança de encontrar o minério, que as levariam a aumentar o seu patrimônio material, além de aumentar o seu prestigio pessoal com a corte portuguesa. A busca do metal precioso, nas ribanceiras do Rio Salgado, trouxe para a região do Sertão do Cariri, a colonização e com consequência a doação de sesmarias, o que permitiu o surgimento de lugarejos e vilas. Deste contexto surge Barbalha, um núcleo urbano que cresce ao redor da capela de Santo Antonio fundada nas terras de Francisco Magalhães Barreto e Sá. A administração municipal localiza-se na sede: Barbalha. O município tem 4 distritos: Barbalha(sede), Arajara, Caldas e Estrela. Clima: Tropical quente semi-árido com pluviometria média de 1.160,1 mm [8] com chuvas concentradas de janeiro à abril[9]. Hidrografia e recursos hídricos: As principais fontes de água são os riachos: Boa Esperança, do Saco, São Francisco, da Onça, Salamanca e Santana(estes dois últimos afluentes do Rio Salgado. Relevo e solos: Situado ao lado sul da Chapada do Araripe, possui dois tipos principais de solo:latossolo e sedimentar.As principais elevações são as serras: Serra do Araripe. Já a bacia sedimentar se caracteriza por formar aqüíferos, existem várias fontes de água espalhadas por toda a área da chapada. Vegetação: A vegetação é bastante diversificada, apresentando domínios de cerradão, caatinga ecerrado. Dentro de sua área encontra-se a Floresta Nacional do Araripe. Economia: A economia do município de Barbalha tem sua base tradicional no comércio e na agricultura. Alguns empreendimentos industriais têm importância regional, como a ITAPUÍ S. A. - antiga IBACIP (Indústria Barbalhense de Cimento Portland), concessão da Cimento Nassau, a FARMACE, indústria química e farmacêutica e a usina de açúcar Manoel Costa Filho (a qual, entretanto, está hoje desativada). Há a atividade econômica ligada ao turismo e ao atendimento a pessoas em tratamento de saúde que abrange todo o nordeste. Em grande fase de crescimento econômico em que o Cariri se encontra, Barbalha também contribui com aumento do turismo, por sua privilegiada situação ao sopé da floresta nacional do araripe, e investimento em saúde (realizando procedimentos oncológicos, tratamento clínico oncológico, cirurgia cardíaca, neurocirurgia e terapia de reposição renal. O turismo é uma importante fonte de renda para Barbalha, devido a sua arquitetura como os prédios antigos:

§ Engenho Tupinambá

§ Casarão Hotel

§ Casa de Câmara e Cadeia Pública.

Atrativos Naturais:

§ Estância hidromineral com mais de 30 fontes de águas naturais. Algumas delas formam piscinas naturais e de águas minerais e hipotermais.

§ Floresta Nacional do Araripe: Importante ecossistema da flora e fauna regional, inclusive para espécies ameaçadas de extinção.

§ Arajara Park: Parque temático a 920 metros acima do nível do mar, com várias piscinas,toboáguas, gruta, trilha e meios para recreação infantil.

§ Balneário do Caldas: A mais de 700 metros de altitude, é um local de lazer mais popular, com piscinas, cascatas, palhoças e duas fontes naturais de águas térmicas. Chalés de veraneio e o Hotel das Fontes completam a estrutura do Balneário.

Cultura

O principal evento cultural é Festa do Pau da Bandeira: Anualmente, o mês de junho é destinado a homenagar Santo Antônio, padroeiro da cidade. O fato mais marcante das comemarações é o pau da bandeira, um tradicional rito praticado desde os tempos do Império.

O ritual se divide em duas fases. Na primeira, corte do pau, dezenas de devotos se embrenham na chapada do Araripe, onde cortam uma árvore de grande porte. O tronco é deixado no meio da floresta para secar. Alguns dias depois começa a segunda fase, a procissão do pau: os devotos pegam o tronco cortado, carregam-no nos próprios ombros até o centro da cidade e erguem-no diante da igreja matriz de Santo Antônio com uma bandeira do santo. Milhares de pessoas ocupam as ruas de Barbalha para presenciar a procissão.

O Pau da Bandeira mescla o sagrado e o profano, pois além das homenagens ao padroeiro, cuja festa é comemorada no dia 13 de junho, acontecem também forrós e bebedeiras. Tanto que durante toda a procissão uma carroça carregada de cachaça acompanha o cortejo: é a tradicional cachaça do senhor vigário.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Barbalha


A história do Ceará em um breve relato

Com a decisão do rei de Portugal D. João III em dividir o Brasil em capitanias hereditárias, coube ao português Antônio Cardoso de Barros, em 1535, administrar a Capitania do Siará (como era chamada a região correspondente as capitanias do Rio Grande, Ceará e Maranhão). Entretanto a região não lhe despertou interesse. Só então, em 1603, é que o açoriano Pero Coelho de Sousa liderou a primeira expedição a região, demostrando interesse em colonizar aquelas terras.

Pero Coelho se instalou às margens do rio Pirangi (depois batizado rio Siará), onde construiu o Forte de São Tiago, depois destruído por piratas franceses. A esquadra de Pero Coelho teve que enfrentar ainda a revolta dos índios da região que inconformados com a escravidão, destruíram o forte obrigando os europeus a migrarem para a ribeira do rio Jaguaribe. Lá, a esquadra de Pero Coelho construiu o Forte de São Lourenço. Em 1607, uma seca assolou a região e Pero Coelho abandonou a capitania.
Em 1612 foi enviado ao Siará o português Martim Soares Moreno, considerado o fundador do Ceará, que também se instalou às margens do Rio Siará (atualmente Barra do Ceará), onde recuperou e ampliou o Forte São Thiago e o batizou de Forte de São Sebastião. Deu-se início a colonização da capitania do Siará, dificultada pela oposição das tribos indígenas e invasões de piratas europeus.
No ano de 1637, região foi invadida por holandeses, enviados pelo príncipe Maurício de Nassau, que tomaram o Forte São Sebastião. Anos depois a expedição foi dizimada pelos ataques indígenas. Os holandeses ainda voltaram ao litoral brasileiro em 1649, numa expedição chefiada por Matias Beck e se instalaram nas proximidades do rio Pajéu, no Siará, onde construíram o Forte Schoonenborch.
Em 1654, o Schoonenborch foi tomado por portugueses, chefiados por Álvaro de Azevedo Barreto, e o forte foi renomeado de Forte de Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. A sua volta formou-se a segunda vila do Ceará, chamada de vila do Forte ou Fortaleza. A primeira vila reconhecida foi a de Aquiraz. Em 1726, a vila de Fortaleza passou a ser oficialmente a capital do Ceará após disputas com Aquiraz.

Ocupação

Duas frentes de ocupação atuaram no Siará, a primeira, chamada de sertão-de-fora foi controlada por pernambucanos que vinham do litoral, e a segunda, do sertão-de-dentro, controlada por baianos. Ao longo do tempo o Siará foi sendo ocupado o que impulsionou o surgimento de várias cidades. A pecuária serviu de motor para o povoamento e crescimento da região, transformado o Siará na “Civilização do Couro”.

Entre os séculos XVIII e XIX, o comércio do charque alavancou o crescimento econômico da região. Durante esse período, surgiram as cidades de Aracati, principal região comerciária do charque, Sobral, Icó, Acaraú, Camocim e Granja. Outras cidades como Caucaia, Crato, Pacajus, Messejana e Parangaba (as duas últimas bairros de Fortaleza) surgiram a partir da colonização indígena por parte dos jesuítas.

A partir de 1680, o Siará passou à condição de capitania subalterna de Pernambuco, desligada do Estado do Maranhão. A região só se tornou administrativamente independente em 1799, quando foi desmembrada de Pernambuco e o cultivo do algodão despontou como uma importante atividade econômica. Às vésperas da Independência do Brasil, em 28 de fevereiro de 1821, o Siará tornou-se uma província e assim permaneceu durante todo o período do Império. Com a Proclamação da República Brasileira, no ano de 1889, a província tornou-se o atual estado do Ceará.

Momentos históricos

Em 1817, os cearenses, liderados pela família Alencar, apoiaram a Revolução Pernambucana. O movimento, que se restringiu ao município do Cariri, especialmente na cidade do Crato, foi rapidamente sufocado.

Em 1824, após a independência, foi a vez dos cearenses das cidades do Crato, Icó e Quixeramobim demonstrarem sua insatisfação com o governo imperial. Assim eles se aderiram aos revoltosos pernambucanos na Confederação do Equador.

No século XIX, vários fatos marcaram a história do Ceará, como o fim da escravidão no Estado, em 25 de março de 1884, antes da Lei Áurea, assinada em 1888. O Ceará foi portanto o primeiro estado brasileiro a abolir a escravidão. Um cearense se destacou nessa época: o jangadeiro Francisco José do Nascimento que se recusou a transportar escravos em sua jangada. José do Nascimento ficou conhecido como Dragão do Mar (atualmente nome de um centro cultural em Fortaleza).

Entre 1896 e 1912, o comendador Antônio Pinto Nogueira Accioly governou o Estado de forma autoritária e monolítica. Seu mandato ficou conhecido como a “Política Aciolina” que deu início ao surgimento de diversos movimentos messiânicos, alguns deles liderados por Antônio Conselheiro, Padre Ibiapina, Padre Cícero e o beato Zé Lourenço. Os movimentos foram uma forma que a população encontrou de fugir da miséria a qual se encontrava a região. Foi também nessa época que surgiu o movimento do cangaço, liderado por Lampião.

Nos anos 30, cerca de 3 mil pessoas se reuniram, sob a liderança do beato Zé Lourenço, na região no sítio Baixa Danta, em Juazeiro do Norte. O sítio prosperou e desagradou a elite cearense. Em setembro de 1936, a comunidade foi dispersa e o sítio incendiado e bombardeado. O beato e seus seguidores rumaram para uma nova comunidade. Alguns moradores resolveram se vingar e preparam uma emboscada, que culminou num verdadeiro massacre. O episódio ficou conhecido como “Caldeirão”.

Nos anos 40, com a Segunda Guerra Mundial, foi montado uma base norte-americana no Ceará mudando os costumes da população, que passou a realizar diversos manifestos contra o nazismo. Também na mesma década, o governo, afim de estimular a migração dos sertanejos para a Amazônia realizou uma intensa propaganda. Esse contingente formou o “Exército da Borracha”, que trabalharam na exploração do látex das seringüeiras. Milhares de cearenses migraram para o Norte e acabaram morrendo no combate entre Estados Unidos e Aliados com os exércitos do Eixo, sem os seringais da Ásia para abastecê-los.
Fontes: