quinta-feira, 22 de abril de 2010

História de Barbalha



A origens da cidade de Barbalha remontam ao início do Século XVIII, quando por doação e em favor do patrimônio religioso no qual deveria ser edificada a primitiva capela, o Capitão Francisco Magalhães Barreto de Sá e sua mulher, D. Maria Polucena de Lima, destinam o lote de terras correspondente. As terras, nas quais estaria encravada essa doação, consistiam na posse, antes adquirida em operação de compra e venda a Inácio de Figueiredo Adorno. Situavam-se no lugar conhecido por Sítio Barbalha, denominação esta que lembrava uma senhora cujo sobrenome Barbalha se fixara no respectivo sítio e que nada mais seria senão uma corruptela de Barbalho. Dada a sua localização, cujo centro geográfico indicava-a como sendo às margens do Riacho Salamanca, daria inicialmente ao povoado esta denominação, até que nos seus estágios evolutivos predominasse o locativo originariamente coesagrado. Reduto de origens feudais, cresceu e se tornou povoado, sendo elevado à categoria de Distrito consoante Lei nº 374, de 17 de Agosto de 1846. Sua elevação à categoria de Município, desmembrado da jurisdição do Crato, provém da Lei nº 1.740, de 30 de Agosto de 1876, quatro anos após ter conquistado foros da Comarca (Lei nº 1.492, de 16/12/1872).


A edificação da primitiva capela, em terreno doado e localizado conforme antes foi dito, teve como precedente formal requerimento do qual foi signatário o próprio Capitão Sá Barreto e até como destinatário o Padre Visitador Manuel Antônio da Rocha. Apreciado o documento e justificada socialmente a sua procedência, houve como resposta o deferimento do qual se geraria a Provisão, datada de 16 de Junho de 1778 e firmado por D. Diogo de Jesus Jardim, donde provém o suscitado objeto, nele constando como padroeiro o casamenteiro Santo Antônio. Firmado o consenso de religiosidade, veio em termos de complemento básico a criação da Freguesia, ainda subordinada à Paróquia de Missão Velha. O seu paroquiato, desvinculando-a da subordinação anterior, provém do Decreto Imperial de 23 de Julho de 1862, tendo como assistente eclesial o padre Castro e Silva, em permuta com o seu colega Francisco da Costa Nogueira. No cabide das sucessões, veio em primeiro turno o padre Manuel Lemos de Aquino, seguido do padre Manuel Roberto Sobreira, empossado a 22 de Maio de 1859 em cuja administração edificou-se a Igreja-Matriz dedicada à Nossa Senhora do Rosário.


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